domingo, 29 de julho de 2018

TRILHA NOTURNA NA LUA DE "SANGUE"


Nesta última sexta dia 27 de Julho, Na trilha Certa se aventurou para mais uma trilha, mas desta vez noturna iluminada pela Lua cheia. Uma Lua muito especial. Exatamente neste dia a lua passou por um eclipse lunar.

O eclipse mais longo do século teve 1h 42 min. de fase total quase 4 horas de parcial.
Ao passar entre o Sol e a Lua, a Terra produz uma sombra escura sobre o disco lunar, a umbra, e a penumbra, que é uma região cinzenta.Quando totalmente imersa na umbra, a Lua não fica invisível, mas ganha uma cor de cobre, avermelhada, "de sangue". (Foto: Douglas Magno/O Tempo/Estadão Conteúdo)

Na região de Belo horizonte aconteceu às 17h 36 min. e muita gente se mobilizou em pontos mais altos da cidade ou mesmo nas nossas serras e montanhas para acompanhar o momento que a Lua estaria totalmente encoberta pela sombra da Terra tornando-se avermelhada, chamada de Lua de sangue.

 Nossa trilha, como não podia de ser, seria na nossa “Queridinha Serra da Moeda”.
SERRS DA MOEDA DE DIA
Saímos às 20h de Belo Horizonte em direção ao nosso início de trilha no topo do mundo/Serra da Moeda.
O tempo estava bom, céu limpo e visibilidade mediana. Ventava muito e o frio estava de doer.
Estávamos em 18 pessoas, um grupo bem animado e corajoso por enfrentar aquelas condições não muito favoráveis para trilhar.
A vontade de experimentar tamanho desafio fio maior que as dificuldades.
Começamos por volta das 9 h. Todos bem preparados para o frio, vento e escuridão.
Lanternas a postos, lá fomos nós!
À medida de subíamos e descíamos, nem podíamos ver ao certo quanto tempo estávamos andando. Parávamos para acompanhar a Lua cheia que nos acompanhava a todo instante. Sua luz majestosa iluminava nosso caminho. Aos poucos tomávamos coragem de apagar as lanternas para podermos sentir a luz da Lua que nos guiava.
Foi mesmo um momento mágico!!!!
Do alto, podíamos avistar de longe as luzes da cidade que bem distante não podia nos incomodar.







Estar ali, no alto daquela montanha à noite, frio, vento e Lua cheia, nos tomou um sentimento de emoção e gratidão. Algo fora do comum, onde aos olhos de pessoas “normais”, éramos considerados “loucos”. Rs.
Continuamos com boa conversa e compartilhando sentimentos comuns ao grupo.
Ao fim de 10 km aproximadamente, terminamos nosso percurso, com gostinho de quero mais!
Agradeço a todos pela companhia e por compartilharmos dos mais inusitados sentimentos quando nos deparamos com tamanha beleza realizar caminhadas noturnas. Com certeza uma emoção que difere de trilhar a luz do Sol e que só nos engrandece e nos faz respeitar ainda mais as maravilhas de Deus.


Que venham muitas outras.


Até a próxima aventura !!!





segunda-feira, 23 de julho de 2018

CACHOEIRA DA LAGOA DOURADA E CÂNION DE JABOTICATUBAS



Neste último sábado dia 21 de Julho, Na Trilha Certa juntamente com a turma do Cipó Trekking se aventurou em conhecer um dos mais belos lugares do Parnacipó, a Lagoa Dourada e seu Cânion de Jaboticatubas.
Ambos os grupos são independentes e se juntaram nesta aventura. 
Com 15 integrantes para este dia, lá fomos nós partindo de Belo Horizonte de Van, por volta das 5h da manhã. Queríamos começar cedo no início da trilha e chegarmos à Lagoa Dourada à tempo de podermos curtir ao máximo a região. Foi realmente a melhor decisão, pois o lugar é lindo e ficarmos pouco tempo seria mesmo uma pena...






















O acesso principal à Cachoeira da Lagoa Dourada é através do Distrito de São José da Serra, localizado a 10 km da rodovia MG 10, em sua margem direita. O acesso até o distrito se dá a partir da MG 10 antes de Cardeal Mota, altura do km 87, após o Condomínio Estância do Cipó. Não há trevo no lugar, fique atento!

A estradinha de acesso é de terra, porém em boas condições. Ao se aproximar do Distrito, fique atento à placa que indica a Lagoa Dourada ao lado esquerdo, em uma bifurcação, ainda na estrada. Ao adentrar nesta estrada sentido à esquerda/reto após um mata burro, desembarcar e tomar o atalho à esquerda beirando uma cerca de arame (foi o que fizemos). A trilha encontra-se pouco utilizada. A outra opção é seguir até mais adiante, aonde há uma bifurcação também à esquerda na estrada. Desembarcar e por ali seguir sentido da serra (esquerda). Ambos os caminhos bem marcados no aplicativo Wikloc, vão se encontrar um pouco mais acima.
Pegamos a segunda opção de trilha e na volta, acabamos descendo pelo primeiro caminho descrito acima. 

Deste ponto até a Cachoeira da lagoa Dourada são 7 km. (14 KM IDA E VOLTA)

Iniciamos a trilha por volta das 8 h da manhã. O dia estava lindo e o céu muito azul, típico de um dia de inverno. A temperatura estava agradável, mas já sentíamos que o Sol poderia castigar na volta se assim se mantivesse. O percurso praticamente é todo aberto, livre de sombras, logo, o protetor solar e boné são essenciais. Ter água nesta hora é vital. Levar pelo menos 2 litros, pois não existe água para abastecimento até a cachoeira.


Toda a trilha é bem marcadinha, não tendo perigo de se perder estando com um GPS ou aplicativo funcionando. 
Este início de trilha é praticamente de 1,7 km de subida forte, com muitas pedras soltas e cascalhos, exigindo muita calma e um pouco de cuidado, pois pode tornar escorregadio.




Subimos dentro do previsto. Já no alto da serra já podíamos visualizar as maravilhas do Parnacipó, com suas serras gigantes e vegetação de cor caramelo, típica da estação do ano.. 





Chegamos em uma porteira, onde dá início à parte mais baixa da região e começamos a descer.















A medida que descíamos, o visual se tornava mais deslumbrante e não tínhamos como não pararmos para as fotos e apreciarmos a vegetação local. Estávamos ma época de seca e inverno, mas as mais variadas flores resistiam e davam um colorido à vegetação rupestre de cor caramelo pelo caminho. 

Atravessamos um poço, já quase no início da região da Lagoa Dourada.

Chagamos à região da Lagoa Dourada. Antes de começarmos nossa descida até ela, existe um mirante à esquerda, onde se avista do alto o Cânion de Jaboticatubas. Dali pudemos avistar uma outra cachoeira de aproximadamente 100 m de altura, oriunda do Rio Jaboticatubas. Era realmente muito alto e o visual estonteante, daqueles de querer ficar por ali horas contemplando aquela paisagem.



 













Depois de algumas fotos, partimos então para a descida de pedras até a Cachoeira da Lagoa Dourada. É uma descida íngreme, porém não longa e logo nos deparamos com a maravilha do lugar. 
































Uma Cachoeira de uma queda de aproximadamente 10 m, não muito alta comparada com que estamos acostumadas, mas a beleza do lugar que fascina. A cachoeira cobre um paredão de pedra com vegetação verde ao redor, dando contraste com seu poço de águas caramelo, tornando-a, deslumbrante. O mais incrível que não só a cachoeira do local, mas as outras quedas que se formam, chegando a cair suas águas no cânion de Jaboticatubas.

Algumas pessoas do grupo ficaram por lá no poço principal, enquanto outras se aventuraram pela região a descer até o cânion. 

Vale muito à pena se aventurar mais um pouco e chegar até a parte de baixo da cachoeira.

Lindas formações rochosas e vários poços que se formam das quedas são o charme do local.

A descida pode ser um pouco mais perigosa e todo cuidado é pouco devido a presença de alguns animais peçonhentos típicos da região e pelas pedras que podem estar escorregadias.

A vista debaixo do Cânion compensa ainda mais todo o esforço.









Ficamos por ali por umas duas horas e nos preparamos para o retorno.

O Sol estava bem alto e forte e começamos o retorno.

Dentro do previsto e com menos de duas horas de caminhada já estávamos no lugar do início da trilha, onde nossa Van já nos esperava.



Seguimos ao Distrito de São José da Serra, onde um almoço maravilhoso já nos esperava no típico Restaurante da Cristina, muito conhecido na região e parada obrigatória por aqueles que ali passam.
Um lugar aconchegante, cheio de paisagens típicas de interior. 
Almoçamos um delicioso cardápio de comida tradicional mineira e seguimos por volta das 17 h em direção a Belo Horizonte. 






Foi realmente um dia maravilhoso e com uma turma muito bacana. Todos voltaram felizes e bem, superando as expectativas em relação ao lugar.

Queria deixar aqui meus agradecimentos ao Frederico Sena e Thais Marchezini pela organização e empenho para que nosso dia fosse perfeito.
À Raquel e André, trilheiros experientes que ajudaram na guia e fecharam o grupo com empenho.
A todo o grupo que colaborou seguindo todas as regras de uma boa caminhada, tornando ainda mais nosso dia especial.

Em especial à trilheira Vanilda pela dedicação e empenho em melhorar sua performace, superando seus limites e tomando gosto cada dia mais por estas trilhas que nos levam a lugares incríveis. Com certeza é só o começo desta longa jornada de trilheira.



ENQUANTO TIVER CAMINHOS A TRILHAR NOSSA JORNADA SERÁ INFINITA.






ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA!