domingo, 3 de março de 2019

PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO - UM PARAÍSO DA SERRA DO ESPINHAÇO



No dia 23 e 24 de Fevereiro, Na Trilha Certa, com organização de Bicho Homem Eco Adventures, partiu para uma aventura de dois dias no paraíso do Parque Estadual do Rio Preto.
Foram dois dias de trilhas pelos mais variados cenários proporcionados pelo parque, onde a cada km uma surpresa contemplava-nos com belezas sem tamanho pela Serra do Espinhaço.
Relato aqui como foi toda logística para um passeio inesquecível, onde marcará sua vida e de sua família.
No dia 23 de Fevereiro, saímos de Belo Horizonte de Van às 1:30 h da manhã em direção à Diamantina. Nosso grupo composto de 14 pessoas, estas ansiosas para conhecer e tão cobiçado parque.

Como chegar?

  A partir de Belo Horizonte, seguir a BR 040 no sentido de Brasília e, depois, acessar a BR 259 até Curvelo. Daí, seguir pela BR 367, sentido Diamantina. Após a cidade de Couto Magalhães, entrar na MG 214 até São Gonçalo do Rio Preto. De São Gonçalo até a portaria do Parque são 14 Km de estrada de terra batida e bem sinalizada.




Chegamos no Parque às 7 h da manhã e logo na entrada paramos Espaço de acolhimento ao visitante para uma pequena palestra de 15 minutos e obrigatória sobre o Parque. Ela se faz obrigatória devido ao grande número de visitantes e apresentação e alertá-los sobre a importância de curtir as maravilhas do parque respeitando sua diversidade de flora e fauna.
Assim que finalizamos a palestra seguimos em direção ao nosso café da manhã agendado no parque.

Um pouco sobre o Nacional do Rio Preto



O Parque Estadual do Rio Preto está localizado no município de São Gonçalo do Rio Preto, distante 70 Km de Diamantina. Está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. Possui um relevo acidentado repleto de rochas de quartzo que formam belíssimos painéis.
 Com uma área total de 12.184,3255 hectares, a unidade de conservação abriga diversas nascentes, dentre as quais se destaca a do rio Preto, um dos mais importantes afluentes do Araçuaí, por sua vez afluente do Rio Jequitinhonha. Os recursos hídricos privilegiados favorecem a formação de cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, sumidouros, cânion e praias fluviais com areias brancas. 
Entre os atrativos turísticos, destacam-se as cachoeiras do Crioulo e da Sempre Viva, as pinturas rupestres e os mirantes naturais que permitem aos visitantes observar toda a área da Unidade e do entorno.
A cobertura vegetal do Parque é composta, na maior parte, por cerrado e campos de altitude. São inúmeras as espécies vegetais existentes na área, com destaque para o monjolo, pau pereira, candeia, sucupira, pau d´óleo, peroba, ipê, araticum, carvalho e várias espécies de sempre-vivas.

A fauna é igualmente rica, com a presença de diversas espécies ameaçadas de extinção como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, o tatu canastra e a jaguatirica.
O parque apresenta restaurante para café e almoço, agendados com antecedência.
Infraestrutura
Os doze alojamentos podem abrigar até 52 pessoas e a área de camping comporta até 25 barracas e possui quiosques, churrasqueiras, lavatório de vasilhames, vestiários e fonte de água potável.









Após nosso café, fomos conhecer nossos alojamentos, chalés com banheiros, que comportam até 5 pessoas. Devidamente divididos, organizamos nossas coisas e partimos para a tão esperada trilha.










1º dia
 Para este primeiro dia, nossa programação era conhecer duas cachoeiras: Crioulo e das Sempre Vivas.

Nos juntamos a um outro grupo presente no parque para alguns informes obrigatórios antes de seguirmos para as cachoeiras.



Estas duas trilhas obrigatoriamente devem ser seguidas com guias do parque, não permitindo assim se adentrar sem eles.
São guias devidamente identificadas e equipados  e conhecedores muito bem  de cada centímetro da trilha, seus perigos e como proceder em qualquer eventualidade.
Começamos nossa trilha por volta das 9 h da manhã. Neste dia estava muito quente e equipamentos de segurança foi devidamente orientados, principalmente, bonés, protetor solar e muita água. Nossa trilha seria de aproximadamente 12 km, onde encontraríamos pelo caminho os mais variados ecossistemas: Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga e maior parte por Campos de Altitude.














Já nos primeiros quilômetros já pudemos ver o quanto seria agradável nosso dia.
Paramos depois de 3 km para nossa primeira atração: um Mirante natural, onde podíamos avistar grande parte do nosso entorno.
Como seguimos com dois grupos, foi necessário a presença de duas guias.
Paramos para algumas fotos e seguimos para nossa primeira atração, a Cachoeira do Crioulo.
Mais alguns quilômetros e logo estava ali nossa primeiro atração.





Uma cachoeira muito imponente com poço gigante, areias muito brancas e águas ferruginosas quase vermelhas. Esta cachoeira faz parte do Rio Preto, um afluente do Rio Jequitinhonha.
Muitos peixinhos vêm até você fazendo aquela exfoliação natural. Muito agradável a sensação.
O calor estava insuportável naquela hora e logo todos caíram na água. Estava mesmo muito refrescante e nos arriscamos a chegar um pouco mais próximo da cachoeira. É importante ressaltar a necessidade de não chegar até a cachoeira sem um colete, devido à profundidade e distância do poço.













































Ficamos ali por uma hora e meia e seguimos nosso segundo destino: Cachoeira das Sempre Vivas.












A partir de agora, seguiríamos não mais em trilhas fechadas e sim pelas pedras margeando o Rio Preto.

























































Alguns obstáculos tivemos pelo percurso: pinguelas, travessia do rio, e muitas pedras. À medida que avançávamos os mais lindos cenários iam se revelando. Muitos cânions e formações rochosas que me lembrava um pouco o topo do Monte Roraima, este alcançado em janeiro de 2017, relatado no blog.
Depois de algumas horas, chegamos à cachoeira das Sempre Vivas.

Esta ficamos realmente maravilhados!!! Uma queda maravilhosa e ótima para ficar embaixo.
Algo diferente, sem um poço e com acesso direto às quedas. Uma massagem natural que podíamos ficar ali por horas. Foi o momento que mais me marcou no parque. Simplesmente DELICIOSOOO!!!























Neste momento tivemos um pequeno problema, que se faz necessário apontar para enfatizar a importância de estar com guias experientes.
Uma de nossas colegas de trilha se sentiu mal e impossibilitada de continuar. Mais que rapidamente nossas guias acionaram o receptivo do parque por rádio satélite e foi enviado através de pessoas experientes uma maca para levá-la em segurança até seu chalé. E assim foi feito. Deixo aqui mais uma vez relatado o quanto a experiência de um guia e um grupo confiável ao se remeter a qualquer tipo de trilha.

Nossa colega assistida, seguimos nossa trilha em direção ao receptivo do parque. Nossos obstáculos eram concluídos um a um e chegamos por volta das 18 h no restaurante onde um jantar já nos esperava.





 

 Após um jantar delicioso, nos recolhemos ao chalé para um descanso merecido, pois no dia seguinte mais surpresas nos aguardava.

2º Dia

Prontos para o segundo dia em uma trilha mais tranquila, lá fomos nós atrás de mais surpresas.
Nosso primeiro destino seria ao Poço do Veado, uma trilha de nível fácil de 3,7 km aproximadamente.

Chegando lá, uma paisagem deslumbrante de montes de areia muito brancas e uma água avermelhada, típica do Rio preto, só que agora com peixes grandes a nos recepcionar.








































 Ficamos mais uma vez encantados com a região. A água estava simplesmente divina e ficamos por ali umas 2h a contemplar o local e nos banharmos tranquilamente em uma prosa boa com nossos companheiros de trilha.
Um lugar muito gostoso mesmo.
Pronto para mais uma maravilha, nos pusemos a seguir a trilha de volta ao parque em direção à Prainha.
Passamos pelo local de camping, que por sinal, muito bem estruturado com banheiros, espaço para cozinhar, churrasqueiras e muita informação.






Chegamos à Prainha que fica a 50 m da estrutura dos chalés. Sempre nos deparando com lugares belíssimos, este parecia mais calmo e propicio a crianças e até aqueles com dificuldade de locomoção, pela proximidade dos chalés e área de camping.

Ficamos ali por uma hora. Várias corredeiras e quedas nos proporcionavam a puro prazer e contemplação daquela natureza pura e mágica.
Que triste...finalizando nosso passeio.






















"Uma pequena homenagem a ela que me protege dos terrenos mais difíceis, da água, do quente das rochas e me dá sustentação para chegar nos locais mais incríveis. Um dia estará velhinha e precisando ser substituída, mas já faz parte da minha história. A Bota. "




Seguimos para o tão esperado almoço e dali já nos preparamos para nossa viagem de retorno a Belo Horizonte.
De volta à van, o sentimento de saudade pelos momentos vividos nestes dois dias.
Um parque extremamente organizado onde, a preocupação com a conservação do meio ambiente vem em primeiro lugar.
Deixo aqui meus agradecimentos à Deus sempre por nos abençoar com saúde e muita disposição, à Stefhania do Bicho Homem Eco Adventures, pela organização e atenção, aos colegas de trilha e nossa amiga Na trilha Certa Marília, pelas fotos, companhia e por dividir e fazer parte desta aventura incrível.
Na certeza que o Parque Estadual do Rio Preto não é um local de uma única visita, aguardo já ansiosa por um retorno breve!








 VALEU MARÍLIA!!







CONTATO PARA VISITAÇÃO:
 Os alojamentos e a área de camping devem ser reservados com antecedência junto à administração do parque.
Visitação: de terça a domingo, de 07:00 às 17:00
Telefone: 38-99765621
Distância de Belo Horizonte: 355km
Anexo: Mapa de localização no Estado (.pdf - 428Kb)
Endereço: Estrada vicinal que liga o município de São Gonçalo do Rio Preto à comunidade de Santo Antônio. Km 15 – São Gonçalo do Rio Preto/MG - CEP 39.185-000
Gerente: Antônio Augusto Tonhão de Almeida
Email: antonio.almeida@meioambiente.mg.gov.br


ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA!!!