com certeza ao ler este relato estaremos viajando por um país que nos inspira curiosidade.
Agradeço desde já à Marília e seu esposo Luiz por compartilhar esta experiência espetacular, que com certeza foi uma das mais inesquecíveis de suas vidas.
Em outubro de 2019, eu e Luiz, realizamos mais um de nossos sonhos, que era conhecer a Islândia, inspirados pelas fotos de suas lindas paisagens e cachoeiras, e o desafio de caçar a "Aurora Boreal".
A Islândia é um dos países mais exóticos do mundo em função de seus contrastes geológicos. É conhecida como a "Terra do fogo e do gelo", abrigando a segunda geleira da Europa e infindáveis paisagens vulcânicas. A paisagem é caracterizada por cachoeiras, geiseres, vulcões, geleiras, praias de areia negra e campos de lava fumegantes. Sua população é de 348.000 habitantes, uma das menores taxas populacionais do mundo.
Para chegar a esta ilha, ao norte da Europa, pegamos um avião em Oslo no dia 25 de outubro de 2019, com destino à sua capital, Reikjavick.
O avião, da Ocean Air, aterrizou no aeroporto de Keflavik. De lá, alugamos um carro por uma semana para percorrer a ilha. Keflavik fica a 1h30min da capital. A estrada é boa e quase deserta. Imensos campos amarronzados nos acompanham durante o percurso, com lagos, riachos, interligados por montanhas, às vezes com o cume congelado, que fazem parte do cenário com paisagens grandiosas preservadas pelos islandeses, que se orgulham da pureza de suas águas e da ausência de poluição.
Primeiro dia: Saímos do aeroporto, em Keflavik com destino ao Center Hotel Skajaldbreid, na região central de Reikjavik, onde deixamos nossa bagagem e fomos fazer um pequeno city tour nesta delicada cidade. Conhecemos alguns pontos turisticos famosos como a igreja de Hallgrimur, o porto, o lago, as casinhas e um pequeno comércio.
Mesmo no outono, a temperatura já esfria sobre maneira e o vento faz com que a sensação de frio seja muito maior.
De volta ao hotel, fomos nos preparar para a primeira caçada à Aurora Boreal, luzes coloridas promovidas pelos raios solares e que só podem ser vistas nos polos norte e sul do planeta. Optamos por fazer uma excursão de 4 horas, já que sabíamos das dificuldades em visualizar este fenômeno da natureza, que não aparece caso haja nuvens, chuvas e ventos.
Como na Islândia a chuva e os ventos são pares constantes do cotidiano, sabíamos que dependeríamos da sorte.
A van fez sua primeira parada em um campo deserto, sem luz e fora da cidade. Logo que descemos já nos deparamos com aquelas sombras e luzes verdes dançando para nós, mas só na terceira parada é que efetivamente verificamos a exuberância de suas cores, inclusive conseguindo registrar pelo celular, no modo noturno, algumas fotos. O sentimento era de enorme alegria e gratidão pelo presente ofertado pela mãe Terra. Sentíamos como crianças, dançando, gritando e bailando com ela.
De volta à van, ainda tivemos mais uma parada para dançar com a Aurora Boreal saboreando um chocolate quente que não nos deixava congelar naquela noite tão mágica e fria.
Segundo dia: Iniciamos o percurso do "Golden Circle" de aproximadamente 300 km ao redor de Reikjavik. A primeira parada foi no "Thingvellir National Park", local onde os primeiros colonos vikings se estabeleceram. É neste parque também, é possível ver as enormes rachaduras da Terra, provenientes do encontro entre as placas tectônicas da América do Norte e Europa.
Em seguida fomos conhecer a "Gullfoss", a cachoeira mais visitada da Islàndia e a maior cachoeira em volume de água.
O vento gelado quase nos carregava e foi com muito esforço que consegui abrir a camisa do nosso grupo "Na Trilha Certa", para confirmar nossa presença neste espaço tão belo, inóspito e diferente parcialmente congelado. Foi a conta de bater as fotos, já que o frio rapidamente congelava os dedos, momentaneamente desprotegidos das luvas.
Saímos maravilhados pois nunca havíamos visto uma cachoeira congelada. Seguimos em frente pois sabíamos que mais maravilhas estavam por vir.
Continuando pelo Golden Circle road, nossa próxima parada foi ver os gêiseres Haukadalur. Neste momento não era mais água congelada, mas sim jatos imensos de água fervente, que explodiam e subiam em direção ao céu, depois de borbulhar, por alguns minutos em mini crateras , rodeadas pelo chão coberto com placas de gelo.
Terceiro dia: Continuamos seguindo pela rota do círculo dourado. Entre as 200 cachoeiras que existem na Istândia, tivemos que fazer algumas opções. Fomos então até a "Skógafoss", considerada a cachoeira mais bonita da Islândia, e palco de vários filmes e séries, como " Vickings" e " Games os Thrones".
A próxima parada deste dia seria outra cachoeira chamada "Seljalandsfoss". Uma particularidade desta cachoeira é poder passar por trás dela, quando possível. Naturalmente, no outono, com o gelo dominando, a passagem se torna perigosa e, portanto, proibida. Mais uma vez a sensação era de perder o fôlego, ao ver de tão perto, água e gelo, se misturando.
A última parada do dia foi em VIK, minúscula cidade ao sul da Islândia, com belíssimas paisagens ao seu redor. Praias vulcânicas com montanhas rochosas de basalto no meio do mar confirmava, mais uma vez, a magia desta ilha. Suas praias de areia preta estão entre as 10 praias não tropicais mais bonitas do planeta.
Voltamos para Reikjavik à noite e tivemos como companhia no horizonte à direita da estrada a Aurora Boreal, que faceira nos incentiva a sair de carro por várias vezes e dançar com ela.
Chegamos ao hotel anestesiados, pois sabíamos que o inusitado acontecera: 3 dias seguidos sem chuvas.
Quarto dia: Deixamos a cidade em direção ao sudoeste da ilha. O destino seria o "Parque Nacional Vatnajokull. É o maior parque Nacional da Europa com 12 mil km².
Hospedamos perto do parque, no Hotel Skatafell.
Quinto dia: Iniciamos nosso passeio no parque Vatnajokull. Procuramos pelo visitor centre, pois queríamos conhecer a caverna de gelo. Agendamos nosso horário na Glacier Adventure ( www.glacieradventure.is) e aproveitamos o tempo de espera para visitar o Ice Lagoon.
Ao retornar do passeio paramos ainda no parque para conhecer a praia de diamantes.
Sexto dia: Saída para conhecer a cachoeira " Svartifoss", dentro do parque de Vatnajokull.
A trilha tinha em torno de 3 km, trajeto fácil a moderado, com riachos, cachoeiras menores e lagos. Svartifoss é uma cachoeira formada por tubos hexagonais de rocha negra, resultado de intensas atividades vulcânicas do passado, quando a lava quente se esfriava rapidamente em contato com o ar gelado da Islândia. Seu formato foi a isnpiração para a construção da igreja Hallgrimurl em Reikjavik.
Pegamos novamente a circle road com destino a Reikjavik. Aos poucos aquela estrada repleta de lavas e vulcão endurecidas, casinhas e igrejinhas isoladas e água escorrendo pelas montanhas iam ficando para trás, deixando lembranças incríveis em nossas memórias.
A tarde chegamos em Keflavik onde fizemos a última parada com direito a um banho termal no Spa Blue lagoon. Massagens faciais com lava vulcânica, drinks na piscina e área de repouso nos aguardavam para nos despedirmos em grande estilo deste lugar entantador, mágico e inesquecível.
OBRIGADA MAIS UMA VEZ MARÍLIA E LUIZ POR COMPARTILHAREM DESTA VIAGEM INCRÍVEL. COM CERTEZA ESTAS IMAGENS TÃO LINDAS SÓ PODEMOS CONSTATAR MAIS UMA VEZ QUE DEUS É PERFEITO. SUA OBRA NA TERRA É PERFEITA ESTÃO AQUI PARA COMPROVAR ISSO.
ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA.
