segunda-feira, 17 de agosto de 2020

CACHOEIRA DO SEGREDO E DAS BORBOLETAS - ACURUÍ/MG


Que Acuruí apresenta muitas cachoeiras isso já foi dito em outra postagem aqui no blog.

 Venho aqui relatar mais uma de nossas aventuras por mais duas cachoeiras incríveis nesta região.

Um pouquinho da história de Acuruí: Pertencente ao município de Itabirito, localizado no vale do Catana na serra de Capanema, Acuruí surgiu no século XVII, quando os bandeirantes exploravam a região. Neste período, o distrito viveu seu apogeu. Seus caminhos, paisagens e construções antigas encantam os visitantes e orgulham os moradores. Contando com várias opções de cachoeiras e trilhas a região é maravilhosa para os amantes das atividades ao ar livre. Trilhas super leves; indicadas para iniciantes e toda a família além de cachoeiras maravilhosas com excelentes poços para banho e acesso debaixo das quedas. 

Saímos de Belo Horizonte no dia 19 de Julho, pensando apenas fazermos mais um passeio pelas tradicionais cachoeiras de Carranca, Cruzado e Cascalho. Seguimos até a entrada das cachoeiras e seguimos eu e Cristiane para as cachoeiras tradicionais. 

Primeiro a Cachoeira de Cruzado. Linda e imponente como sempre, Me encanta sempre estar por ali. Águas extremamente geladas e verdes esmeraldas que são convidativas ao banho. Ficamos por ali e logo seguimos para a próxima cachoeira. 




Não sei como, mas acabamos entrando por outra estrada e neste momento encontramos um grupo de 4 pessoas. Perguntamos se estávamos no caminho certo para a Cachoeira de Carranca e eles relataram que estavam seguindo para a cachoeira das Borboletas e do Segredo e estavam seguindo o GPS. Esta cachoeira não estava em nossos planos e nem conhecia, foi quando resolvemos nos juntar a eles e seguir para mais esta novidade de Acuruí. 
Aos poucos o GPS nos levou à primeira cachoeira: Do segredo. A trilha começa fácil como as demais em Acuruí mas vai se estreitando e entrando para a mata fechada com certa dificuldade técnica. A trilha não é muito bem marcada e pode causar certa confusão por ter de subir algumas pedras. Seguimos algumas pessoas que seguiam a trilhas e chegamos até lá. 

Uma cachoeira de uns 50 metros de queda em um poço bem grande, As águas límpidas e geladas, mas isso não impediu que ficássemos debaixo daquela queda deliciosa. A região é bem propícia à prática de rapel.

Ficamos por ali por uma hora e seguimos para o novo trajeto: Cachoeira das Borboletas.







Da mesma forma, dentro da mata fechada com uma descida bem íngreme chegamos finalmente à cachoeira das Borboletas. 

Que lugar encantador!!! Linda queda com águas cor de esmeraldas, muito parecida com a cachoeira de Cruzado mas muito maior e um poço mais verde e gigantesco. Parecia um paraíso perdido no meio a floresta.




Ficamo
s pouco por ali e iniciamos nosso retorno. Uma subida bem íngreme mas não tão longa.



Em nosso caminho de volta, acabamos passando por Carranca e Cascalho, totalizando 13 km de trilha.

 

Depois deste dia percebi que Acuruí tem muito a ser desvendada. Outras cachoeiras estão escondidas no Vale do Catana e Na trilha Certa vai achá-las. 

Deixo abaixo o link desta aventura para desfrutarem um pouco mais destas maravilhas.

https://www.youtube.com/watch?v=A_9G7ShtLDU&t=47s


ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA!!!





domingo, 16 de agosto de 2020

CACHOEIRA ALTA E MORRO REDONDO EM IPOEMA/MG

No dia 08 de agosto, Na trilha Certa aventurou-se em conhecer mais uma das cidades da rota da Estrada Real, Ipoema, um simpático distrito de Itabira a 95 km de Belo Horizonte e que faz parte do trecho entre Ouro Preto e Diamantina. 

Nosso destino principal seria a Cachoeira Alta e o Morro Redondo, entre inúmeras atrações da região.

Partimos às 7 h de Belo Horizonte em direção à Itabira pela BR-262. Chegando em Itabira é só seguir as placas em direção ao distrito de Ipoema.

UM POUCO SOBRE IPOEMA

IPOEMA presenciou, ao longo de séculos, a passagem de tropas que iam e vinham, ora transportando as riquezas arrancadas das entranhas de Minas, ora levando diversos produtos, principalmente gêneros alimentícios. A localidade já teve muitos nomes: Estalagem, Pouso Alegre, Aliança e Santo Afonso da Aliança. Em 1943, pelo decreto-lei nº 1058, foi oficializado o nome Ipoema, para o qual existem duas versões: “ave que canta”, ou teria vindo do vocábulo “Itapoema”. Atualmente, com o desenvolvimento do Programa da Estrada Real, o passado de Ipoema vem sendo resgatado, principalmente com a criação do Museu do Tropeiro que revela a importância da localidade dentro da cultura tropeira. http://turismo.mg.gov.br/noticias/1413-venha-conhecer-ipoema-distrito-de-itabira

Chegando em Ipoema é só seguir as placas por 9 km de estrada de terra até a Cachoeira Alta. Não há como perder, é bem sinalizada a estrada.

Por se tratar de uma propriedade privada, existe uma estrutura com estacionamento, área de camping, banheiros e um barzinho para venda de bebidas e salgadinhos.

Paga-se R$ 15,00 por pessoa para visitação e R$ 30,00 /dia camping.

Seguimos então para nosso primeiro destino, a Cachoeira Alta. 




Da portaria até a cachoeira, não chega a 800 metros. A vista é incrível! Ela é mesmo magnífica. Contagiante. Uma cachoeira de 110 metros de queda d'águas cristalinas e beleza exuberante.Seu encanto cênico deve-se, também, à quantidade de afloramentos rochosos e à vegetação típica de Mata Atlântica que compõe seu entorno.

Ficamos ali contemplando aquela beleza. Ventava muito e a água muito fria e pouco Sol batendo por ali, não nos arriscamos a entrar. As pedras são bem escorregadias também e exige-se certo cuidado para se chegar até às margens do poço.

Nosso objetivo agora era chegar no alto da cachoeira,  de onde vinha a queda maior.

Antes de chegar até a cachoeira tem um caminho estreito dentro da mata que leva ao alto. Começamos nossa caminhada. O caminho é bem marcado e não tem como perder, mas não se engane que será fácil. A subida é bem íngreme e com alguma dificuldade técnica. A mata é bem fechada como falado e muitas árvores altas que podem servir de apoio tanto na subida quanto descida.

 Ao final desta subida existe uma porteira. Assim que avistá-la, você pode concluir que está no caminho certo. Passando pela porteira, siga sempre à esquerda que você chegará em uma bifurcação. Se seguir à direita chegara acima de outra queda que te levará a um poço de águas cristalinas. Paramos neste poço e nos arriscamos a um banho nas águas geladas, uma vez que o Sol agora estava delicioso e nos desfrutamos um pouco do local. Ali conhecemos um casal de irmãos de São Paulo que desfrutavam do turismo mineiro na região. 











Depois seguimos então para a outra trilha à esquerda da bifurcação, que nos levou até finalmente no topo da Cachoeira Alta. O lugar era mesmo um paraíso. Uma queda de uns 50 metros se formava ao fundo e destas águas, várias quedinhas em formações rochosas de tamanha beleza. Agora sim estávamos bem no topo da cachoeira Alta. De lá do alto avistávamos a região de Ipoema e suas fazendas nos arredores. Que vista!!!

Ficamos por ali contemplando e agradecendo por mais esta conquista. Como Deus é grande! Como ele toca e transformar a natureza em magia!

Seguimos nosso retorno até a entrada da propriedade, pois dali ainda seguiríamos para nosso segundo destino: O Morro Redondo.

Seguimos de carro por mais 5 km aproximadamente pela mesma estrada que nos levou à Cachoeira Alta. O caminho nos levou à um grande morro no meio daquela região totalmente rural. 


Estacionamos bem do caminho de pedras que nos levaria ao alto do Morro. 

Localizado a 1221 metros  de altitude, o Morro redondo é uma das elevações residuais componentes da Serra do Espinhaço. Um mirante natural, de vegetação típica de campos rupestres. Em seu alto encontra-se a Capela do Senhor do Bonfim, além do monumento O Destino da artista plástica Vilma Noel.

À medida que subíamos as maravilhas vistas do alto se tornavam uma realidade diante dos nossos olhos. O Sol já estava baixo o que tornava tudo mais lindo ao meio do monumento de Vilma Noel.







O monumento "O Destino", Anjo de Ipoema, no Morro Redondo-Itabira - MG - : 10m de altura em pó de granito e ferro. Inaugurada em: 23/10/2010 . Esta obra foi realizada com recursos da Lei Drummond e de outros apoiadores por iniciativa do fotógrafo, beneficente Ronei Andrade e do jornalista filantrópico José Sana. ‘O Destino” é um anjo destemido apontando para o infinito, voando nas asas da imaginação, guiando o caminho de quem por ali passar e protegendo esse santuário de beleza natural que é o Morro Redondo e que fica a 1.200 metros acima do nível do mar”.





Ficamos ali por uma hora e seguimos de volta para Ipoema, onde ainda tinha uma missão: Conseguir o carimbo no passaporte da Estrada Real.

Do Morro Redondo a Ipoema são 15 km de estrada de terra, que posso classificar como razoável. 





Chegando em Ipoema, seguimos para o Museu do Tropeiro, mais um monumento histórico e onde é ponto de carimbo da Estrada Real.

UM POUCO SOBRE O MUSEU DO TROPEIRO: O imóvel que abriga o Museu de Tropeiro foi construído inicialmente como um rancho para descanso e alojamento dos tropeiros, depois tornou-se casa paroquial e por fim, Museu do Tropeiro. Um dos objetivos do museu é resgatar e manter viva a memória dos tropeiros, que tanto contribuíram para o crescimento de Minas Gerais. Localizado no distrito de Ipoema, o espaço conta com um acervo de mais de 400 peças. Inaugurado em 2003, o Museu realiza, de abril a outubro no primeiro sábado de lua cheia, a Roda de Viola, evento que busca resgatar a memória dos tropeiros por meio de apresentações musicais.

Infelizmente, estivemos na região em tempo de Pandemia do coronavírus e vários monumentos , restaurantes e igrejas estavam fechados para visitação como prevenção da doença.  Com proteção de máscaras chegamos ao Museu que apresentava janelas abertas e me atrevi a chamar alguém. Um senhor apareceu e se prontificou a carimbar meu passaporte. Agradecimentos a essa gente hospitaleira de Ipoema, seguimos dali direto a Belo Horizonte.

Foi realmente um passeio maravilhoso e pretendemos retornar em melhores dias e desfrutar de muitas outras belezas da região. Ipoema, está no caminho dos Diamantes da Estrada Real e sua história faz parte de nós mineiros.


Quero agradecer a companhia de minhas amigas trilheiras Cristiane e Fernanda que não se abateram com nenhum de nossos desafios. 

Deixo abaixo o link de nosso vídeo no canal do Youtube que mostra um pouco desta aventura. 


https://www.youtube.com/watch?v=BYxS2H921PI