domingo, 16 de agosto de 2020

CACHOEIRA ALTA E MORRO REDONDO EM IPOEMA/MG

No dia 08 de agosto, Na trilha Certa aventurou-se em conhecer mais uma das cidades da rota da Estrada Real, Ipoema, um simpático distrito de Itabira a 95 km de Belo Horizonte e que faz parte do trecho entre Ouro Preto e Diamantina. 

Nosso destino principal seria a Cachoeira Alta e o Morro Redondo, entre inúmeras atrações da região.

Partimos às 7 h de Belo Horizonte em direção à Itabira pela BR-262. Chegando em Itabira é só seguir as placas em direção ao distrito de Ipoema.

UM POUCO SOBRE IPOEMA

IPOEMA presenciou, ao longo de séculos, a passagem de tropas que iam e vinham, ora transportando as riquezas arrancadas das entranhas de Minas, ora levando diversos produtos, principalmente gêneros alimentícios. A localidade já teve muitos nomes: Estalagem, Pouso Alegre, Aliança e Santo Afonso da Aliança. Em 1943, pelo decreto-lei nº 1058, foi oficializado o nome Ipoema, para o qual existem duas versões: “ave que canta”, ou teria vindo do vocábulo “Itapoema”. Atualmente, com o desenvolvimento do Programa da Estrada Real, o passado de Ipoema vem sendo resgatado, principalmente com a criação do Museu do Tropeiro que revela a importância da localidade dentro da cultura tropeira. http://turismo.mg.gov.br/noticias/1413-venha-conhecer-ipoema-distrito-de-itabira

Chegando em Ipoema é só seguir as placas por 9 km de estrada de terra até a Cachoeira Alta. Não há como perder, é bem sinalizada a estrada.

Por se tratar de uma propriedade privada, existe uma estrutura com estacionamento, área de camping, banheiros e um barzinho para venda de bebidas e salgadinhos.

Paga-se R$ 15,00 por pessoa para visitação e R$ 30,00 /dia camping.

Seguimos então para nosso primeiro destino, a Cachoeira Alta. 




Da portaria até a cachoeira, não chega a 800 metros. A vista é incrível! Ela é mesmo magnífica. Contagiante. Uma cachoeira de 110 metros de queda d'águas cristalinas e beleza exuberante.Seu encanto cênico deve-se, também, à quantidade de afloramentos rochosos e à vegetação típica de Mata Atlântica que compõe seu entorno.

Ficamos ali contemplando aquela beleza. Ventava muito e a água muito fria e pouco Sol batendo por ali, não nos arriscamos a entrar. As pedras são bem escorregadias também e exige-se certo cuidado para se chegar até às margens do poço.

Nosso objetivo agora era chegar no alto da cachoeira,  de onde vinha a queda maior.

Antes de chegar até a cachoeira tem um caminho estreito dentro da mata que leva ao alto. Começamos nossa caminhada. O caminho é bem marcado e não tem como perder, mas não se engane que será fácil. A subida é bem íngreme e com alguma dificuldade técnica. A mata é bem fechada como falado e muitas árvores altas que podem servir de apoio tanto na subida quanto descida.

 Ao final desta subida existe uma porteira. Assim que avistá-la, você pode concluir que está no caminho certo. Passando pela porteira, siga sempre à esquerda que você chegará em uma bifurcação. Se seguir à direita chegara acima de outra queda que te levará a um poço de águas cristalinas. Paramos neste poço e nos arriscamos a um banho nas águas geladas, uma vez que o Sol agora estava delicioso e nos desfrutamos um pouco do local. Ali conhecemos um casal de irmãos de São Paulo que desfrutavam do turismo mineiro na região. 











Depois seguimos então para a outra trilha à esquerda da bifurcação, que nos levou até finalmente no topo da Cachoeira Alta. O lugar era mesmo um paraíso. Uma queda de uns 50 metros se formava ao fundo e destas águas, várias quedinhas em formações rochosas de tamanha beleza. Agora sim estávamos bem no topo da cachoeira Alta. De lá do alto avistávamos a região de Ipoema e suas fazendas nos arredores. Que vista!!!

Ficamos por ali contemplando e agradecendo por mais esta conquista. Como Deus é grande! Como ele toca e transformar a natureza em magia!

Seguimos nosso retorno até a entrada da propriedade, pois dali ainda seguiríamos para nosso segundo destino: O Morro Redondo.

Seguimos de carro por mais 5 km aproximadamente pela mesma estrada que nos levou à Cachoeira Alta. O caminho nos levou à um grande morro no meio daquela região totalmente rural. 


Estacionamos bem do caminho de pedras que nos levaria ao alto do Morro. 

Localizado a 1221 metros  de altitude, o Morro redondo é uma das elevações residuais componentes da Serra do Espinhaço. Um mirante natural, de vegetação típica de campos rupestres. Em seu alto encontra-se a Capela do Senhor do Bonfim, além do monumento O Destino da artista plástica Vilma Noel.

À medida que subíamos as maravilhas vistas do alto se tornavam uma realidade diante dos nossos olhos. O Sol já estava baixo o que tornava tudo mais lindo ao meio do monumento de Vilma Noel.







O monumento "O Destino", Anjo de Ipoema, no Morro Redondo-Itabira - MG - : 10m de altura em pó de granito e ferro. Inaugurada em: 23/10/2010 . Esta obra foi realizada com recursos da Lei Drummond e de outros apoiadores por iniciativa do fotógrafo, beneficente Ronei Andrade e do jornalista filantrópico José Sana. ‘O Destino” é um anjo destemido apontando para o infinito, voando nas asas da imaginação, guiando o caminho de quem por ali passar e protegendo esse santuário de beleza natural que é o Morro Redondo e que fica a 1.200 metros acima do nível do mar”.





Ficamos ali por uma hora e seguimos de volta para Ipoema, onde ainda tinha uma missão: Conseguir o carimbo no passaporte da Estrada Real.

Do Morro Redondo a Ipoema são 15 km de estrada de terra, que posso classificar como razoável. 





Chegando em Ipoema, seguimos para o Museu do Tropeiro, mais um monumento histórico e onde é ponto de carimbo da Estrada Real.

UM POUCO SOBRE O MUSEU DO TROPEIRO: O imóvel que abriga o Museu de Tropeiro foi construído inicialmente como um rancho para descanso e alojamento dos tropeiros, depois tornou-se casa paroquial e por fim, Museu do Tropeiro. Um dos objetivos do museu é resgatar e manter viva a memória dos tropeiros, que tanto contribuíram para o crescimento de Minas Gerais. Localizado no distrito de Ipoema, o espaço conta com um acervo de mais de 400 peças. Inaugurado em 2003, o Museu realiza, de abril a outubro no primeiro sábado de lua cheia, a Roda de Viola, evento que busca resgatar a memória dos tropeiros por meio de apresentações musicais.

Infelizmente, estivemos na região em tempo de Pandemia do coronavírus e vários monumentos , restaurantes e igrejas estavam fechados para visitação como prevenção da doença.  Com proteção de máscaras chegamos ao Museu que apresentava janelas abertas e me atrevi a chamar alguém. Um senhor apareceu e se prontificou a carimbar meu passaporte. Agradecimentos a essa gente hospitaleira de Ipoema, seguimos dali direto a Belo Horizonte.

Foi realmente um passeio maravilhoso e pretendemos retornar em melhores dias e desfrutar de muitas outras belezas da região. Ipoema, está no caminho dos Diamantes da Estrada Real e sua história faz parte de nós mineiros.


Quero agradecer a companhia de minhas amigas trilheiras Cristiane e Fernanda que não se abateram com nenhum de nossos desafios. 

Deixo abaixo o link de nosso vídeo no canal do Youtube que mostra um pouco desta aventura. 


https://www.youtube.com/watch?v=BYxS2H921PI





4 comentários:

  1. Que lugar maravilhoso! Espero um dia conhecer. Parabéns pelo post, rico de boas informações.

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  2. Obrigada. Com certeza voltaremos, pois a muito o que visitar em Ipoema. Está convidado.

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