Neste último domingo dia 02 de Setembro, Na Trilha Certa
juntamente com o grupo
Cipó Trekking, partiram para mais uma aventura por estas Minas
Gerais.
Desta vez o destino escolhido foi a Serra dos Alves, uma
região encantadora e de cenários típicos do interior e beleza única!
A Serra dos Alves é uma formação geológica localizada município brasileiro de Itabira, no interior do
estado de Minas Gerais. Está situada
à cerca de 45 km da sede da cidade e dista cerca de 15 km do distrito Senhora do Carmo.
Na vertente leste
da Serra do Espinhaço fazendo
fronteira com o Parque Nacional da Serra
do Cipó, a Serra dos Alves destaca-se como um dos locais com mais
atrativos naturais de toda a região. Fazendo parte da Área de Proteção
Ambiental (APA) Morro da Pedreira, a Serra dos Alves é um dos divisores
de águas entre as Bacias Hidrográficas do Rio São Francisco e
do Rio Doce, onde nasce o Rio Tanque com suas várias cachoeiras, destacando-se o Canyon
do Marques, que convidam para uma grande aventura. Fonte: Wikipédia


E foi
atrás deste cenário que nosso grupo composto de 19 pessoas, seguiu de Belo
Horizonte até nosso destino.
Saímos
de Belo Horizonte por volta das 5:30h da
manhã. Este horário se faz necessário devido à distância de 105 km de Belo Horizonte
pela BR 381 e depois segue para o Distrito do Carmo e são mais 45 km em média
por estrada de terra. No caso chegamos até o distrito de Ipoema.
Chegamos
ao nosso ponto de partida por volta das 8 h da manhã, o pequeno povoado da
Serra dos Alves.
O dia
estava muito bonito, ensolarado e com poucas nuvens. Apesar de ainda inverno,
as temperaturas elevadas seriam mais um desafio.
Começados
nossa caminhada e bem animados na
expectativa de quais belezas encontraríamos pela frente. Do grupo, apenas três
ou quatro já estiveram na região, sendo assim novidade para a maioria.
Já no
início pudemos apreciar a região típica do interior, com casinhas mais
afastadas em seus sítios modestos, com seus poucos animais de estimação, tipo
cavalos, vacas, galinhas e cães.
Já nos
primeiros quilômetros, ao passar por um destes sítios uma surpresa.
Um cão malhado veio ao nosso encontro como um
furacão e numa recepção calorosa pôs-se a pular em cada um de nós, como
fossemos velhos amigos de longa data. Aquela atitude nos deixou encantados pelo
carinho. Na verdade era uma cadela malhada, alegre e muito animada. Tinha uma
coleira e isso indicava que seu dono poderia estar por perto. Seguimos caminho
e a cadela insistia em nos seguir. Ficamos preocupados pelo risco de se perder
e ela insistiu, então desistimos de tocá-la e adotamos como nossa” mascote” de
trilha.
Nosso
primeiro desafio foi mesmo atravessar uma velha ponte de cabos de aço e
madeiras podres, isso quando presentes. Passamos um a um com cuidado e seguimos
trilha.


A trilha a partir daí seria de uma subida íngreme por 3,6 km até uma velha casa abandonada, antes Pousada da Lucy. Ao longo de todo percurso já podíamos notar as maravilhas das Serras do Alves ao redor e o Pico dos Alves, o ponto mais alto da região.
Paramos
na “Pousada da Lucy” e visitamos todo interior da casa. O casarão está abandonado
a anos e tornou-se ponto de apoio de pessoas que fazem travessias por lá e
mesmo passam só para deixar suas marcas nas paredes.


Paramos apenas para uma visita e fotos e já seguimos por mais 1,2 km até a cachoeira da Lucy.
O
percurso até lá se tornou mais estreito e pelas encostas, com o mato alto e uma
certa tensão e cuidados extras foram necessários.
Chegamos
à cachoeira da Lucy e ficamos por um tempo apreciando. Alguns poços ao redor
dava um charme ao local. Com suas águas cor de ferrugem, típico da região,
fazia a diferença.
Já
neste ponto em diante, seguiríamos pelo
percurso margeando o leito do riacho que seguia ao longe.
Não
mais existia uma trilha bem marcada e sim caminhos alternativos sobre pedras,
grandes ou pequenas, mas sempre com muito cuidado em se escolher onde pisar.
Dali em diante, já estávamos na região do Canyon doa Marques, com extensão
aproximada de 600m. Um paredão de 40 m de
rochas dos dois lados margeava aquele curso de água que vinha de longe. Seguimos
pelas pedras e maravilhados com a beleza local. Nosso objetivo era chegar até à
ponte de pedra e se assim o tempo
permitisse, chegaríamos até o mirante e retornando por outro caminho por cima
do Cânyon, porém nosso tempo foi curto para tamanha complexidade. Aproveitamos
bastante o local e começamos nosso retorno em destino à cachoeira dos Cristais.



A todo o tempo a cadelinha pintada nos seguia e não deixava ninguém para trás. Em alguns trechos fomos obrigados a dar uma mãozinha e um “colinho”para podermos prosseguir. Tentamos adivinhar o nome da cadelinha: Malhada, Pretinha, Bolinha, Mimosa...em vão. Não atendia por nenhum destes nomes.

Até a
cachoeira dos Cristais foram mais 4,4 km. A cachoeira dos cristais foi mesmo um
momento muito revigorante e descanso. O Sol estava quente e não resistimos ao entrar
em suas águas geladas e cristalinas. A região é realmente linda!!!
Hora
se seguirmos caminho para a Pousada Portal da Serra no vilarejo da SERRA DOS
ALVES para um merecido almoço.







O caminho de retorno foi ainda mais tranquilo por se tratar de uma descida, logo pudemos curtir a paisagem de volta.
A Serra dos Alves encontra-se uma pequena comunidade com 33 casas de pau-a-pique ao redor da Capela de São José. Há na frente da capela um cruzeiro de aproximadamente 6m com adereços que representam o martírio de Cristo. A capela foi construída por volta de 1860, com características coloniais, estrutura autônoma em madeira e vedação em adobe e pau-a-pique sobre embasamento em pedra. Dentro, o retábulo (altar) em madeira, é muito bonito. Suas imagens são de grande valor histórico. As peças são em madeira, barro e papel machê e semelhantes as do santeiro itabirano Alfredo Duval. No interior da capela, uma inscrição da Fundição do Sino de São Paulo, datada de 1727, tem o nome do Padre Santos Saez Acha, pároco responsável pela capela de 1923 a 1940.
O povoado de Serra dos Alves surgiu por volta de 1850, quando os bandeirantes começaram a explorar ouro e cristais na região. Os resultados da exploração ordenada pelo governo português na Serra dos Alves não eram significativos, dando então, a origem rural do distrito. O nome da localidade se deve ao fato de que a primeira família a se instalar no povoado foi a dos Alves. Fonte: Wikipédia



E A CADELINHA MALHADA?
Assim que chegamos ao arraial, um menino se
aproximou e reconheceu a cadelinha. Sua dona estava desde cedo a procurá-la.
Finalmente identificada, o menino a levou para sua casa em segurança. Ficamos
felizes que ela foi encontrada, pois daí em diante não poderia mais nos seguir
e acabaria perdida e abandonada. Seu nome? Maia.
Na pousada referência do arraial, foi nos
servido um delicioso almoço. Um charme de pousada e proprietários bem
receptivos e simpáticos.



Queria mais uma vez agradecer a todo o grupo
que se manteve sempre junto e entenderam o quanto é importante respeitar as
diferenças.
Agradecimento ao Frederico Sena do grupo Cipó Trekking
que mais uma vez predispôs a organizar com tamanha competência cada detalhe
desta aventura, onde tenho certeza que agradou a TODOS!
Que venha muito mais!!!
ATÉ
A PRÓXIMA AVENTURA!!!
Trekking sensacional com vc Sophia e a turma!! seu blog é muito bacana pois conta bem esse breve contexto dos vilarejos por onde passamos e visitamos!! Parabéns !!
ResponderExcluirParabéns, Sophia!
ResponderExcluirRelato brilhante de um passeio incrível com pessoas incríveis!!!