Na Trilha Certa, juntamente com Ecopix- Trekking & Hiking na organização, partimos de Belo Horizonte sentido a Alto Caparaó- 328 km de distância.
Chegamos ainda bem cedo. O tempo estava bem frio e isso já nos mostrava o quanto a região é tradicional à temperaturas baixas nesta época do ano.
Nossa turma estava composta de 13 pessoas: Sophia, Ronan, Wenderson, Gisele, Luciana, Jéssica, Eliane, Fernanda, Sérgio, Juliana, Adilson, Marcão e Roger Pixixo.
Fizemos uma pequena parada para um café na cidade de Alto Caparaó e seguimos diretamente para nosso acampamento da Tronqueira, dentro do Parque Nacional de Caparaó. Vale lembrar que todos que interessam em acampar no parte precisam agendar previamente.
Uma prévia sobre o parque:
Localizado na Serra do Caparaó, na divisa dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, o Parque Nacional do Caparaó é um dos destinos mais procurados pelos adeptos do montanhismo no Brasil. Abriga o terceiro ponto mais alto do País, o Pico da Bandeira, com 2.892 metros de altitude.
Além das trilhas, os visitantes podem se deliciar com banhos em cachoeira e piscinas naturais, observar deslumbrantes visuais da Serra do Caparaó e região, com belos espetáculos no alvorecer e no pôr do sol.
O parque dispõe de quatro áreas de acampamento pela portaria de Alto Caparaó em MG - “Tronqueira” e “Terreirão” - e pela Portaria de Pedra Menina no ES - “Macieira” e “Casa Queimada”, com sanitários, lava-pratos, mesas, bancos e quiosques (estes últimos apenas na “Tronqueira”) e, ainda, churrasqueiras na área de visitação denominada “Vale Verde” e na “Macieira”.
O parque dispõe de quatro áreas de acampamento pela portaria de Alto Caparaó em MG - “Tronqueira” e “Terreirão” - e pela Portaria de Pedra Menina no ES - “Macieira” e “Casa Queimada”, com sanitários, lava-pratos, mesas, bancos e quiosques (estes últimos apenas na “Tronqueira”) e, ainda, churrasqueiras na área de visitação denominada “Vale Verde” e na “Macieira”.
Caminhadas em áreas de florestas e, especialmente, pelos campos de altitude são outras atrações do local.
Já na Tronqueira, armamos nossas barracas e partimos para uma visita a um dos belos atrativos do parque: O Vale Encantado.
O Vale é formado por diversas corredeiras, cachoeiras e piscinas naturais e pode ser atingido facilmente por trilha com cerca de 400 m, ou 10 a 15 minutos de caminhada.
A vegetação do entorno é formada por campos de altitude com ocorrência de arbustos e, nos afloramentos rochosos, campos rupestres.
Muitas pessoas vão até o parque exclusivamente pelo Vale encantado e para apreciar uma dos mais belos pôr do Sol este canto do parque. Cabe lembrar ainda que para visitação ao Vale Encantado não precisa agendar anteriormente.
Chegando no Vale, ficamos ali por umas duas horas, contemplando o local e tirando as mais belas fotos.
As corredeiras de águas extremamente geladas, formam jacuzzis de águas bem verdes e cristalinas, sendo quase impossível resistir a entrar para um banho. No inverno as águas podem atingir quase a 0 grau e entrar torna-se um desafio e tanto.
De volta à Tronqueira era hora de um delicioso almoço para depois esperar o espetáculo do Pôr do Sol.
Sol já posto, um descanso nas barracas e preparar para mais tarde dar início à nosso objetivo maior: PICO DA BANDEIRA.
Sim, a subida ocorre pela madrugada, onde umas seis horas de caminhada íngreme deve ser alcançada até o nascer do Sol.
No horário previsto, ( meia-noite) começamos então nossa subida. Com uma mochila de ataque, lanternas, alguns lanches e roupas suficientes para suportar até temperaturas abaixo de zero grau, lá fomos nós animados e com muita expectativa.
Neste momento, muitos grupos saem juntos e uma multidão de luzes de lanternas dão um show à parte na escuridão.
A madrugada seguia fria e o céu estava radiante. Lua crescente e muitas constelações nos faziam parar e apreciar a beleza do universo em nossas cabeças.
No Caminho uma parada no Terreirão, outro acampamento situado quase na metade do caminho. Vários grupos preferem subir até ele acampar e subir na Madrugada, mas as temperaturas no Terreirão são ainda mais baixas e ficar mais tempo por ali pode ser bem desafiador. Paramos apenas para um descanso e abastecer de água.
Já quase no topo do Pico da Bandeira, o Sol já começou a dar sinal e seus primeiros raios já clareavam, anunciando o amanhecer.
Nesta hora, quase às 6 h da manhã, grande maioria dos grupos já atingiam o topo.
Chegar ao topo é o ápice da alegria ao atingir o objetivo, mesmo nossa jornada não estando finalizada. Ainda teríamos muitas emoções ao retornar pelo lado do Espírito Santo, mas naquela hora, nada importava. Apenas contemplar a maravilhoso e tão famoso nascer do Sol no Pico da Bandeira!
Do alto do Pico da Bandeira, a temperaturas abaixo de 0 grau, contemplamos cadeias de montanhas, picos e serras ao redor, tanto do lado de Minas Gerais, como do Espírito Santo. Impossível não tirar muitas fotos.
Sol já começando amenizar o frio, era hora de continuar nosso trajeto: Chegar até o acampamento da Casa Queimada, no lado do Espírito Santo. Seria uma caminhada de mais ou menos 5 a 6 horas devido à altitude e descidas íngremes.
Do Pico do Calçado, é possível avistar o Pico da Bandeira e quase alcançá-lo |
Pico Do Cristal à frente |
Nesta hora, um grupo foi ao encontro ao Pico do Cristal e outro em direção ao Pico do Calçado, ambos abaixo do Bandeira, mas com altitudes que variam de 2.800 m.
Pico do Cristal |
Nosso grupo seguiu pelo pico do Calçado e à medida que perdíamos altitude, as mais belas paisagens se revelavam aos nossos olhos. Cada vez mais encantados e sempre descendo, não podíamos perder a atenção. A umidade tornava o solo bem escorregadio e a pressa era nossa inimiga nesta hora.
Mais ou menos ao meio dia chegamos ao acampamento da Casa Queimada no Espírito Santo.
Uma pausa merecida e a espera do resgate de nossa Van.
Muito cansados e com quase 12 horas de caminhada pela madrugada e manhã, uma sensação de dever cumprido e muita satisfação. Todos chegaram bem e muito felizes.
Trilhar é isso: desafio, superação e muita garra. Garra de saber que os desafios podem ser maiores que o esperado, reconhecer seus limites e chegar com gostinho de quero mais.
Pela segunda vez ao Pico da Bandeira, posso dizer que esta foi ainda mais desafiadora e encantadora. As paisagens hoje registradas em fotos, não chegam nem à metade das belezas presenciadas pessoalmente.
Poder se superar e fazer, subir e atingir o terceiro pico mais alto do Brasil, definitivamente, não é para todos e por isso me sinto uma privilegiada por poder alcançá-lo e dizer: um dia ainda volto!
Obrigada a todos colegas do grupo que de alguma forma me proporcionaram dois dias de pura satisfação. Em especial àqueles que estiveram o tempo todo juntos na subida e descida.
A Roger Pixixo e Marcão que tiveram toda a paciência e profissionalismo, com uma organização impecável. À Luciana que deu todo o suporte e recolhimento das barracas. Foi perfeita!
Aqui ficam registradas fotos desta aventura única, mas a emoção de vê-las e sentir tudo de novo, só passando por tudo isso!
ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA!!
Show Sophia!!! Parabéns pela conquista e relato. Bjs
ResponderExcluirObrigada Flávio. Da próxima, vem com a gente!
ResponderExcluirAbraços!