No dia 23 e
24 de Fevereiro, Na Trilha Certa, com organização de Bicho Homem Eco Adventures, partiu para
uma aventura de dois dias no paraíso do Parque Estadual do Rio Preto.
Foram dois
dias de trilhas pelos mais variados cenários proporcionados pelo parque, onde a
cada km uma surpresa contemplava-nos com belezas sem tamanho pela Serra do
Espinhaço.
Relato aqui
como foi toda logística para um passeio inesquecível, onde marcará sua vida e
de sua família.
No dia 23 de
Fevereiro, saímos de Belo Horizonte de Van às 1:30 h da manhã em direção à
Diamantina. Nosso grupo composto de 14 pessoas, estas ansiosas para conhecer e
tão cobiçado parque.
Como chegar?
A partir de Belo Horizonte, seguir a BR
040 no sentido de Brasília e, depois, acessar a BR 259 até Curvelo. Daí, seguir
pela BR 367, sentido Diamantina. Após a cidade de Couto Magalhães, entrar na MG
214 até São Gonçalo do Rio Preto. De São Gonçalo até a portaria do Parque são
14 Km de estrada de terra batida e bem sinalizada.
Chegamos no Parque às 7 h da manhã e
logo na entrada paramos Espaço de acolhimento ao visitante para uma pequena
palestra de 15 minutos e obrigatória sobre o Parque. Ela se faz obrigatória
devido ao grande número de visitantes e apresentação e alertá-los sobre a
importância de curtir as maravilhas do parque respeitando sua diversidade de
flora e fauna.
Assim que finalizamos a palestra
seguimos em direção ao nosso café da manhã agendado no parque.
Um pouco
sobre o Nacional do Rio Preto
O Parque Estadual do Rio Preto está
localizado no município de São Gonçalo do Rio Preto, distante 70 Km de
Diamantina. Está inserido no complexo da Serra do Espinhaço. Possui um relevo
acidentado repleto de rochas de quartzo que formam belíssimos painéis.
Com uma área total de 12.184,3255
hectares, a unidade de conservação abriga diversas nascentes, dentre as quais
se destaca a do rio Preto, um dos mais importantes afluentes do Araçuaí, por
sua vez afluente do Rio Jequitinhonha. Os recursos hídricos privilegiados
favorecem a formação de cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras, sumidouros,
cânion e praias fluviais com areias brancas.
Entre os atrativos turísticos,
destacam-se as cachoeiras do Crioulo e da Sempre Viva, as pinturas rupestres e
os mirantes naturais que permitem aos visitantes observar toda a área da
Unidade e do entorno.
A cobertura vegetal do Parque é
composta, na maior parte, por cerrado e campos de altitude. São inúmeras as
espécies vegetais existentes na área, com destaque para o monjolo, pau pereira,
candeia, sucupira, pau d´óleo, peroba, ipê, araticum, carvalho e várias
espécies de sempre-vivas.
A fauna é igualmente rica, com a
presença de diversas espécies ameaçadas de extinção como o lobo-guará, o
tamanduá-bandeira, o tatu canastra e a jaguatirica.
O parque apresenta restaurante para
café e almoço, agendados com antecedência.
Infraestrutura
Os doze alojamentos podem abrigar até 52 pessoas e
a área de camping comporta até 25 barracas e possui quiosques, churrasqueiras,
lavatório de vasilhames, vestiários e fonte de água potável.
Após nosso café, fomos conhecer nossos alojamentos,
chalés com banheiros, que comportam até 5 pessoas. Devidamente divididos,
organizamos nossas coisas e partimos para a tão esperada trilha.
1º dia
Nos juntamos a um outro grupo presente no parque para
alguns informes obrigatórios antes de seguirmos para as cachoeiras.
Estas duas trilhas obrigatoriamente devem ser
seguidas com guias do parque, não permitindo assim se adentrar sem eles.
São guias devidamente identificadas e equipados e conhecedores muito bem de cada centímetro da trilha, seus perigos e
como proceder em qualquer eventualidade.
Começamos nossa trilha por volta das 9 h da manhã.
Neste dia estava muito quente e equipamentos de segurança foi devidamente
orientados, principalmente, bonés, protetor solar e muita água. Nossa trilha seria
de aproximadamente 12 km, onde encontraríamos pelo caminho os mais variados
ecossistemas: Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga e maior parte por Campos de
Altitude.
Já nos primeiros quilômetros já pudemos ver o
quanto seria agradável nosso dia.
Paramos depois de 3 km para nossa primeira atração:
um Mirante natural, onde podíamos avistar grande parte do nosso entorno.
Como seguimos com dois grupos, foi necessário a
presença de duas guias.
Mais alguns quilômetros e logo estava ali nossa
primeiro atração.
Uma cachoeira muito imponente com poço gigante,
areias muito brancas e águas ferruginosas quase vermelhas. Esta cachoeira faz
parte do Rio Preto, um afluente do Rio Jequitinhonha.
Muitos peixinhos vêm até você fazendo aquela
exfoliação natural. Muito agradável a sensação.
O calor estava insuportável naquela hora e logo
todos caíram na água. Estava mesmo muito refrescante e nos arriscamos a chegar
um pouco mais próximo da cachoeira. É importante ressaltar a necessidade de não
chegar até a cachoeira sem um colete, devido à profundidade e distância do
poço.
Ficamos ali por uma hora e meia e seguimos nosso
segundo destino: Cachoeira das Sempre Vivas.
A partir de agora, seguiríamos não mais em trilhas fechadas
e sim pelas pedras margeando o Rio Preto.
Alguns obstáculos tivemos pelo percurso: pinguelas,
travessia do rio, e muitas pedras. À medida que avançávamos os mais lindos
cenários iam se revelando. Muitos cânions e formações rochosas que me lembrava um
pouco o topo do Monte Roraima, este alcançado em janeiro de 2017, relatado no
blog.
Depois de algumas horas, chegamos à cachoeira das
Sempre Vivas.
Esta ficamos realmente maravilhados!!! Uma queda
maravilhosa e ótima para ficar embaixo.
Algo diferente, sem um poço e com acesso direto às
quedas. Uma massagem natural que podíamos ficar ali por horas. Foi o momento
que mais me marcou no parque. Simplesmente DELICIOSOOO!!!
Neste momento tivemos um pequeno problema, que se
faz necessário apontar para enfatizar a importância de estar com guias
experientes.
Uma de nossas colegas de trilha se sentiu mal e
impossibilitada de continuar. Mais que rapidamente nossas guias acionaram o
receptivo do parque por rádio satélite e foi enviado através de pessoas
experientes uma maca para levá-la em segurança até seu chalé. E assim foi
feito. Deixo aqui mais uma vez relatado o quanto a experiência de um guia e um
grupo confiável ao se remeter a qualquer tipo de trilha.
Nossa colega assistida, seguimos nossa trilha em
direção ao receptivo do parque. Nossos obstáculos eram concluídos um a um e
chegamos por volta das 18 h no restaurante onde um jantar já nos esperava.
Após um jantar delicioso, nos recolhemos ao chalé para um descanso merecido, pois no dia seguinte mais surpresas nos aguardava.
2º Dia
Prontos para o segundo dia em uma trilha mais tranquila,
lá fomos nós atrás de mais surpresas.
Nosso primeiro destino seria ao Poço do Veado, uma
trilha de nível fácil de 3,7 km aproximadamente.
Chegando lá, uma paisagem deslumbrante de montes de
areia muito brancas e uma água avermelhada, típica do Rio preto, só que agora
com peixes grandes a nos recepcionar.
Ficamos mais uma vez encantados com a
região. A água estava simplesmente divina e ficamos por ali umas 2h a
contemplar o local e nos banharmos tranquilamente em uma prosa boa com nossos
companheiros de trilha.
Um lugar muito gostoso mesmo.
Pronto para mais uma maravilha, nos pusemos a
seguir a trilha de volta ao parque em direção à Prainha.
Passamos pelo local de camping, que por sinal,
muito bem estruturado com banheiros, espaço para cozinhar, churrasqueiras e
muita informação.
Chegamos à Prainha que fica a 50 m da
estrutura dos chalés. Sempre nos deparando com lugares belíssimos, este parecia
mais calmo e propicio a crianças e até aqueles com dificuldade de locomoção,
pela proximidade dos chalés e área de camping.
Ficamos ali por uma hora. Várias corredeiras e
quedas nos proporcionavam a puro prazer e contemplação daquela natureza pura e
mágica.
Que triste...finalizando nosso passeio.
"Uma pequena homenagem a ela que me protege dos terrenos mais difíceis, da água, do quente das rochas e me dá sustentação para chegar nos locais mais incríveis. Um dia estará velhinha e precisando ser substituída, mas já faz parte da minha história. A Bota. "
Seguimos para o tão esperado almoço e dali já nos
preparamos para nossa viagem de retorno a Belo Horizonte.
De volta à van, o sentimento de saudade pelos
momentos vividos nestes dois dias.
Um parque extremamente organizado onde, a
preocupação com a conservação do meio ambiente vem em primeiro lugar.
Deixo aqui meus agradecimentos à Deus sempre por
nos abençoar com saúde e muita disposição, à Stefhania do Bicho Homem Eco Adventures, pela organização e atenção, aos colegas
de trilha e nossa amiga Na trilha Certa Marília, pelas fotos, companhia e por dividir e fazer
parte desta aventura incrível.
Na certeza que o Parque Estadual do Rio Preto não é
um local de uma única visita, aguardo já ansiosa por um retorno breve!
VALEU MARÍLIA!!
Os alojamentos e a área de camping devem ser
reservados com antecedência junto à administração do parque.
Visitação: de terça a domingo, de 07:00 às 17:00
Telefone: 38-99765621
Visitação: de terça a domingo, de 07:00 às 17:00
Telefone: 38-99765621
Distância
de Belo Horizonte: 355km
Anexo: Mapa de localização no Estado (.pdf - 428Kb)
Endereço: Estrada vicinal que liga o município de São Gonçalo do Rio Preto à comunidade de Santo Antônio. Km 15 – São Gonçalo do Rio Preto/MG - CEP 39.185-000
Gerente: Antônio Augusto Tonhão de Almeida
Email: antonio.almeida@meioambiente.mg.gov.br
Anexo: Mapa de localização no Estado (.pdf - 428Kb)
Endereço: Estrada vicinal que liga o município de São Gonçalo do Rio Preto à comunidade de Santo Antônio. Km 15 – São Gonçalo do Rio Preto/MG - CEP 39.185-000
Gerente: Antônio Augusto Tonhão de Almeida
Email: antonio.almeida@meioambiente.mg.gov.br
ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA!!!