segunda-feira, 19 de agosto de 2024

TRILHA SEM SUCESSO...



Este relato não tem como intenção difamar ou prejudicar qualquer que seja, mas sim alertar quanto a atitudes impensadas em trilhas que podem levar a consequências dramáticas e irreversíveis.
No último dia 12/10 parti com um grupo de 15 pessoas, até então de minha confiança, já tinha trilhado várias vezes com este grupo e gostava de como se comportavam. Trata-se de um grupo que tem como característica uma caminhada de ritmo forte e contínuo, e essa era minha proposta até então, devido aos meu treinos constantes para minha expedição ao Monte Roraima em Janeiro/2018.
Bem, o destino era a Serra do Cipó, mais especificamente saída de Duas Pontes, passando pelo Vale do Travessão e finalizando em Cabeça de Boi, totalizando 25km.


O dia estava lindo, sem nuvens e o calor prometia castigar. Seria uma caminhada de mais ou menos 8 h se o ritmo fosse bem puxado.
Saímos bem cedo de BH rumo à Serra do Cipó e já no caminho ainda na Van, pude sentir um certo estresse do guia em relação ao horário e ritmo na trilha, avisando que não iríamos parar para nada por causa do horário.
Chegando na Serra do cipó se negou a parar para ir ao banheiro a pedido de uma moça, mas pela insistência dela, teve de ceder, sempre apressado.
No início da trilha começamos num ritmo que estávamos quase em trote e olha q já tinha caminhado várias vezes com eles, mas senti desde o início que estava atípico.
A caminhada decorreu bem e sempre acompanhando o grupo, na medida do possível, pois sequer dava para parar e tirar fotos ou contemplar as belezas do lugar. Se parasse teria de correr para acompanhar, aquilo já foi me estressando pela correria atípica.
Já no Vale do Travessão paramos para lanches, fotos e descanso. Foram poucos minutos, em torno de 15 min no máximo. O Vale do Travessão se destaca pela beleza única. Um Vale com formato de um Cânion que chega a hipnotizar pela beleza.
Passados os 15 min, o guia já foi apressando para continuarmos. Até o travessao foram em torno de 9 km.
Após o Travessão teríamos uma subida de montanha em torno de 4 km. Uma subida forte e depois subida leve de uns 2 km, com descidas e planos.
Já iniciando a subida me deparei com uma visão linda das pessoas subindo, e peguei meu celular para registrar. Eu já subindo no meu ritmo, o guia se irritou e gritou do alto dizendo que assim não teria como eu continuar e me ordenou a voltar do Travessão.
Fiquei estática diante tanta grosseria e falta de paciência. Me senti humilhada e ofendida. Jamais sou de desistir de uma trilha. Vou ao meu limite, mas desistir jamais. Já tinha subido morros e montanhas ainda maiores e aquela para mim era só mais uma. Só lembrando, desde que comecei com o trekking há 3 anos, fiz inúmeras trilhas como pico da Bandeira, pico das Agulhas Negras, Lapinha-tabuleiro, Altamira-serra dos Alves, pico de Catas Altas, BH a Nova Lima, várias na Serra da moeda, Rola Moça e Retiro das pedras e Serra do Cipó , iatatia-lavras Novas, caminhada da inconfidência, várias corridas de montanha inclusive na Patagônia, não sendo tão inexperiente assim.
Fui subindo no meu ritmo, mas com certeza não ficaria distante do grupo. Resolvi acatar as ordens dele!
Foi neste momento que virei as costas e comecei a descer a montanha. Numa atitude impensada, que hoje também me arrependo, fiquei extremamente só. A ficha foi caindo e quando me virei, não vi mais ninguém. Fiquei mais estática ainda. Onde estava o grupo? Como o guia poderia seguir sem mim?
O que faria agora?
Como voltar sozinha dali?
Comecei a rodar numa matinha próxima do Travessão e não conseguia achar a trilha. Comecei a desesperar com aquilo.
Pensei em sair correndo montanha à cima atrás do grupo, mas isso não seria mais possível.
A cada trilha errada que pegava o meu desespero aumentava.
Comecei a pensar em coisas ruins e nos perigos que estaria correndo ali sozinha. Não estava a 2km do início da trilha e sim 9km. O meu desespero começou a piorar quando lembrava do caminho de retorno, da matinha de samambaias que teria de passar sozinha....Não ia conseguir. Teria de seguir outro caminho, mas como chegar sozinha???
E se machucar com alguma queda?
Se alguma cobra aparecesse?
Se alguma pessoa de má índole aparecesse?
Se desmaiasse por causa do calor intenso?
Se entrasse em pânico total ali?
E se minha água acabasse?
E se não conseguisse achar e a noite chegar ???
Comecei estão a rezar para me acalmar e pedir a Deus para me guiar. Pensava nos meus filhos, mãe, família e nessa hora tive forças para continuar e não ficar ali parada.
Molhei a bandana do meu pescoço, enrolei-a na cabeça para esfriar. Estava muito quente!
Eu ia e vinha pelas trilhas, errando toda hora, não sei se era pelo desespero, mas pensando que eu tinha de conseguir.
Comecei então a pensar que ali era um lugar procurado e muitos grupos passavam por lá e quem sabe eu teria a sorte de ser salva por algum grupo.
Comecei a pedir a Deus que mandassem pessoas de bem no meu caminho. Eu chorava e falava sozinha o tempo todo. Comecei então a fazer pequenos vídeos na intenção de se desmaiasse e alguém pegasse meu celular saberia o que tinha acontecido. Enfim, comecei a pensar em morte. Foi a sensação mais terrível que senti em minha vida. Um total abandono, um desespero que parecia sem fim!
Passado algum tempo andando, nem sei dizer o quanto, mas que para mim parecia uma eternidade, me dirigi para o alto e vi uma pessoa. Um rapaz com blusa de corrida e ambos ficamos estáticos. Quem seria ele? Seria alguém do bem?
Logo atrás apareceram três moças.
Foi quando pensei: obrigada meu Deus, estou salva!!!
O rapaz chamado de Alex Poxa, perguntou se eu estava trilhando sozinha. Contei chorando a eles o que havia acontecido e eles numa atitude de humanidade me chamou para seguir com eles. Estavam indo em direção ao Travessão e depois para uma cachoeira próxima. Lógico não me opus e voltei com eles para o Travessão. Fui me acalmando, mas minha revolta não passava. E assim seguiu nossa trilha: Travessão, cachoeira e depois para o início da trilha em Duas Pontes. Durante todo percurso pensava como Deus foi bom comigo. Esteve ao meu lado todo instante e a cada km eu tinha certeza que não conseguiria voltar sozinha.
Durante o caminho me questionava: como vou voltar para BH?
Teria de ficar na rodovia sozinha para pegar um ônibus local, como propôs o guia do grupo? Como assim? Nem dinheiro suficiente tinha para isso, pois jamais iria cogitar tal hipótese. Paguei por um serviço de guia, transporte e jantar pós trilha e me deparei com um guia que sequer teve a sensatez de pensar dos perigos que correria sozinha.
Voltar como???
Pois bem, mais uma vez o grupo de amigos, Alex, Ceiliane, Dani e Leandra eram de BH e me ofereceram carona até lá. Estavam de carro. Como não aceitar?
Passamos na Serra do Cipó para comermos algum a coisa e seguir a BH. Já eram 18 h quando acabamos a trilha e o Sol já se punha.
Em destino a BH me lembrei que meu carro estava estacionado no local onde peguei a Van e minhas chaves se encontravam na mesma. Consegui conversar com um amigo que trouxe a chave reserva e só assim consegui pegar meu carro, causando mais este transtorno.
Cheguei em casa muito abalada e chorando muito. Nunca me senti tão abandonada e agredida.
Não conseguia aceitar tal abandono.
Pensava o tempo todo que tudo poderia ter dado errado e eu estaria perdida até aquela hora. Cheguei em casa as 22:30 h.
Aí você pergunta: alguém do grupo de caminhada teria ligado para saber se estava viva, ou teria chegado em segurança?
Ninguém!!!!
Isso mesmo!!! Ninguém preocupou em saber se estava viva, mas postagens no face sobre a trilha já tinham sido postadas pelo tal guia. Ainda de dia, num tempo recorde e já jantando felizes em um restaurante.
Como pode? Até hoje não entendo!
No outro dia, o responsável pelo grupo me liga às 10h da manhã perguntando se estava bem.
Como assim bem????
Não estava morta, mas muito abalada pelo ocorrido.
Pedi que levasse minha chave do carro e documentos que ficaram na Van que sequer tinham percebido.
Bem, o responsável foi à minha casa e conversamos bastante e num desabafo contei todo no ocorrido.
Nesta conversa me confessou q o tal guia talvez estivesse pressionado em chegar rápido pois na última que fizeram neste percurso chegaram às 22h da noite por isso a pressa, chegando com quase 1:30 h antes do previsto. Isso me indignou mais ainda, pois poderiam ter me esperado com certeza que ainda conseguiríamos chegar na hora prevista. Revoltante!
Foi pedido desculpas apenas e me assumiu o erro do guia e que não ia acontecer mais.
Acontecer mais????
Com certeza comigo não, pois jamais seguirei trilha com este grupo.
Recebi apoio muitos trilheiros conceituados que foram solidários com minha história.
Passei a semana toda pensando no assunto e sem citar nomes, venho deixar meu relato, para alertar as pessoas que gostam de fazer trilhas.
Jamais saiam com grupos que não tenham confiança.
Sempre vá com pessoas conhecidas em grupos de trilhas. Eu não conhecia ninguém deste grupo e me questionei se tivesse um amigo lá , não me deixaria pra trás.
Como as pessoas daquele grupo não questionaram ter ficado sozinha????
Trilhar é um prazer e deve ser realizado com calma, respeitando o limite das pessoas.
O guia jamais deve se estressar. Ele é responsável pelo grupo e cabe a ele levar e trazer as pessoas em segurança. A calma deve estar em primeiro lugar, não IGNORANDO OS PERIGOS SUJEITOS EM UMA TRILHA, ainda mais estando a pessoa sozinha. Só lembrando que estavam em 3 guias de apoio e não um.
Disso tudo tiro muitos aprendizados.

Depois do que passei, jamais seguirei sozinha em uma trilha.
Quanto ao guia, que tenha aprendido que chegar rápido em uma caminhada, não pode ser mais importante que a segurança de uma vida humana.
Não fiquei com traumas e vou continuar a trilhar pois, é uma atividade que amo.


A estes anjos que Deus me enviou num momento de tanto desespero, nem sei como agradecer.
Minha vida devo a eles.
Ao grupo de caminhada só tenho a dizer que jamais façam isso com mais ninguém.
Não ignorem a facilidade da TRILHA. O que parece fácil pode tornar um drama sem fim para uma.pessoa inexperiente e sozinha e olha, que pensava ser experiente e agora vejo como somos frágeis estando só.
Que Deus abençoe todos os guias trilheiros. Que saibam como agir corretamente em situações difíceis e diversas que por ventura venham a ocorrer com seus clientes amigos trilheiros.
Fiquem com Deus.

Iniciando temporada 2022: TRAVESSIA ALTO PALÁCIO/DUAS PONTES PASSANDO PELO TRAVESSÃO E CACHOEIRA DOS ESPELHOS

 Em 2017 foi minha primeira vez ao Vale do Travessão. 

No mesmo ano, estaria eu voltando ao Travessão em uma travessia onde um episódio muito desagradável teria ocorrido com o grupo que me conduzia na época ( Tudo relatado na “Trilha sem sucesso” de outubro 2017).

Bem, o fato é que marcou para sempre e esta história ainda será contada muitas vezes. Sinto hoje uma necessidade de retornar neste cenário fantástico que faz parte da Serra do Cipó/MG.

Mais uma vez junto à Ecopix trekking seguimos para nossa primeira trilha Hikking de 2022.

Saímos às 6:30 h de Belo Horizonte em direção à Santana do Riacho na Serra do Cipó, cerca de 80 km da capital.

O dia estava ensolarado e prometia ser incrível.

Seguindo após a Vila da Serra do Cipó, seguimos por 15 km pela MG-10 até a portaria da Reserva Particular do Patrimônio Natural Alto Palácio, que foi a primeira infraestrutura edificada do Parque Nacional da Serra do Cipó e onde seria nosso início de trilha até o Travessão.


Vale ressaltar que o Travessão é um divisor das bacias dos rios São Francisco (oeste) e Doce (Leste) dentro dos limites do Parque Nacional.

Iniciamos a trilha por volta das 9h, seguindo para nosso primeiro mirante a cerca de 6 km mais ou menos.






O trecho é marcado de descidas, relativamente tranquilas e bem marcadas, vegetação de campos rupestres e em menor quantidade de Mata Atlântica e Cerrado.




Uma biodiversidade de flora e fauna que demonstra a riqueza da Serra do Cipó.
As enormes rochas de quartzito dão o diferencial de todo o cenário. Uma beleza sem igual, podendo dizer com certeza ser um dos lugares mais lindos da Serra do Cipó.










Após umas 3h de caminhada chegamos finalmente ao Travessão. 

Localizado a 1050 metros de altitude, é encantada a formação de serra que se formou com um Cânion ao meio. 

Ficamos ali por uma hora mais ou menos contemplando o local e tirando muitas fotos. 

O Sol já estava bem quente e agora o melhor a fazer seria ir a caminho da próxima atração: a Cachoeira dos Espelhos .Não muito grande mas possível de ir nadando até suas quedas.








No caminho nos deparamos com uma grande rocha com pinturas rupestres provavelmente de humanóides da pré-história que um dia habitaram a região. Aparentemente figuras de veados, outras de tamanduá, talvez…o certo é que estão ali conservadas, são reais e nos mostram vestígios de um passado vivo. 

Iniciamos a subida bem íngreme até a cachoeira de águas amareladas e bem cristalina. Geralmente a cor escura se deve à presença de compostos húmicos resultantes da decomposição incompleta da matéria orgânica oriunda da vegetação terrestre e afloramentos rochosos de quartzito ricos em sílica.

Fonte: www.biosferanet.com.br

A cachoeira é um show à parte. Foi muito contemplador ficar alguns minutos em suas águas refrescantes. Fazia muito calor. 


Ultimo ponto de água até Duas Pontes
Agora nosso destino seria o caminho até Duas Pontes, marcado de aclives leves, onde nossa van estaria nos esperando. 

No caminho, vários trechos de águas e uma floresta de samambaias é bem marcada pelo caminho.




Inicia-se um caminho mais plano e longo até o final. 

Ao longe o Sol já dava se punha tornando o cenário ainda mais lindo. 


O percurso total foi de 20 km. 

Todos chegamos bem, porém muito cansados devido ao calor que castigou a todo tempo.

Quero aqui relatar que muitas vezes as pessoas me perguntam como consigo retornar a um local marcado por momentos de angústia e respondo que aquilo passou. Tudo foi ressignificado e estar ali depois de quatro anos foi muito gratificante e contemplador.








Esta é uma trilha que recomendo a todos que podem caminhar e chegar a este paraíso de nossa Serra do Cipó que nos encanta a cada caminhada.


Agradeço a todos os colegas que participaram desta aventura e em especial a Roger Pixixo da Ecopix Trekking que organiza com tanta perfeição cada detalhe para encantar e levar aos trilheiros a felicidade daqueles que ali a procuram. 



Momentos assim nos engrandece como pessoa, valoriza nossa alma e nos torna com certeza pessoas melhores.

Até a próxima aventura!






quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Cachoeira de Congonhas na Serra do Cipó/MG

 O complexo das Cachoeiras de Congonhas na Serra do Cipó sempre será uma novidade por mais vezes que estejamos por lá.

Paisagens lindas e cachoeiras exuberantes e majestosas.

Aqui deixo este vídeo para conferirem com os próprios olhos! 

Confira lá e deixe seu comentário.



Não esqueça de deixar seu like e curtir nosso canal para mais trilhas e bikes de lugares lindos!


Obrigada e até a próxima aventura!

SANTUÁRIO DO CARAÇA E CACHOEIRA DA CASCATONA/MG

 SANTUÁRIO DO CARAÇA





terça-feira, 1 de março de 2022

Parque Municipal Jacques Cousteau em Belo Horizonte/MG

 


Criado em 1971 e implantado 1999, o Parque Municipal Jacques Cousteau ocupa uma área aproximada de 335 mil metros quadrados. O espaço funcionou como depósito de lixo da cidade e, posteriormente, como horto para a produção de mudas de árvores e plantas ornamentais a serem utilizadas no paisagismo de Belo Horizonte. Muitas dessas mudas cresceram e floresceram no parque, sendo as primeiras a integrarem a vegetação da mata local.

Sua cobertura vegetal é muito significativa, apresentando um avançado grau de regeneração natural, e contínua, correspondendo a 80% da área total. A vegetação
predominante é de porte arbóreo, existindo ainda espécies ornamentais e frutíferas (mangueiras, jabuticabeiras e bananeiras). O local possui nascentes e cursos d’água perenes. 

Como opções de lazer, o parque oferece brinquedos e trilha ecológica, além de espaços para contemplação, áreas de convivência e academia a céu aberto.

http://portalbelohorizonte.com.br/o-que-fazer/ao-ar-livre-e-esportes/parque/parque-jacques-cousteauN
Neste domingo dia 27 de fevereiro estive no parque para conferir as atrações e conhecer de perto este espaço ambiental bem no meio do Bairro Betânia em Belo Horizonte/MG.

Escolhi uma das trilhas e segui até uma parte do parque. Algumas famílias presentes, casais caminhando ou em bike e aulas de músicas para crianças e jovens estava acontecendo.

Um ótimo local para família e aqueles que contemplam a natureza em lugar tranquilo sem ter de deslocar para lugares distantes.

Horário de funcionamento: segunda-feira a domingo, das 7h às 18 horas. 

Localização: Rua Augusto José dos Santos, 366, Bairro Betânia. 
Informações: 3277-5972
Entrada gratuita.
 
Vou deixar aqui um vídeo que mostra meu percurso pelo parque que com certeza retornarei muitas vezes.

https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-de-parques-e-zoobotanica/informacoes/parques/parque-jacques-cousteau



terça-feira, 28 de setembro de 2021

MONTE RORAIMA E UM MOMENTO DE PERRENGUE DOS BONS

 


Um vídeo de momentos vividos à minha primeira Expedição ao Monte Roraima que levo para a vida tanto aprendizado.


Obrigada a todos pela companhia e aventura.



quarta-feira, 15 de setembro de 2021

CACHOEIRA DO TOMBADOR - SERRA DO CIPÓ/MG

 


CACHOEIRA DO TOMBADOR - SERRA DO CIPÓ


Neste último dia 11 de setembro de 2021, Na Trilha certa depois de um ano e meio parado devido à pandemia de coronavírus, se reuniu para a retomada do grupo às trilhas. 

No momento apenas quatro integrantes do grupo, mas foi dado o início de muitas.

A escolha foi a Cachoeira do Tombador na Serra do Cipó/ MG.


Um pouco sobre a Serra do Cipó


A Serra do Cipó é sem dúvida uma área de proteção ambiental de imensa importância no Estado de Minas Gerais e no Brasil.

 Localizada na grande região metropolitana de Belo Horizonte, alguns quilômetros depois de Lagoa Santa e apenas 100 km de BH, possui importantes pontos turísticos ao longo da Estrada Real e da Serra do Espinhaço.



O município de Santana do Riacho, a região abriga o Parque Nacional da Serra do Cipó, conhecido pelas inúmeras cachoeiras e seu riquíssimo ecossistema, abriga também animais ameaçados de extinção, sítios arqueológicos, além disso, rios cachoeiras cânions fazem parte deste belíssimo cenário.


Marcada por rochas arenosas, a região se encontra no divisor de águas entre as bacias dos rios São Francisco e Doce.

Além de todos os atrativos, o Cipó concentra grande número de cachoeiras lindas que recebem e encantam inúmeros visitantes anualmente. Dentre as mais visitadas temos a cachoeira Véu da Noiva, cachoeira da farofa, cachoeira grande, cachoeira Serra morena, o cânion bandeirinhas e muitas outras.




Nossa trilha escolhida foi a cachoeira do Tombador.


Saímos de Belo Horizonte às 6:30 h da manhã e a 90 km estaríamos em Santana do Riacho.

É importante reservar o dia todo para a visita.

Além das cachoeiras pelo caminho, são três ( Tombador, Gavião e Andorinhas), existe em toda a sua extensão vários pontos para banho e descanso. 


O caminho é tranquilo apesar de ser em torno de 20 km ( ida e volta) e bem marcado por setas. Não há como se perder.






Iniciamos às 9h da manhã com tranquilidade. 

Pelo caminho pudemos encontrar várias casas de moradores.

O primeiro a atravessar foi o córrego da Odília.

Bem tranquilo, pois devido à baixa temporada de chuvas, os rios da região estavam com baixo volume de água.








Logo depois, o córrego das panelas com as mesmas características da Odília.


Após uns 5 km, chegamos à cachoeira de Gavião. Resolvemos não parar e seguir direto até o Tombador.




Ao longo do caminho detectamos algumas plaquinhas em árvores identificando o Projeto de pesquisa  “ OS IMPACTOS DA ATIVIDADE TURÍSTICA SOBRE A MASTOFAUNA” da UFMG, em andamento. 

 A pesquisa tem como objetivo, avaliar se a visitação de turistas em Unidade de Conservação está afetando a distribuição dos mamíferos de médio e grande porte; demonstrando os locais e as espécies mais afetadas.

Para isso está inserido na árvore câmeras que registram os turistas e animais que passam nas trilhas.


Depois de 9 km, chegamos à cachoeira do Tombador.







Cachoeira do Tombador está localizada no Parque Nacional da Serra do Cipó, que fica a uma distância de 11 km da Portaria Retiro. Essa beleza natural é considerada como uma das mais belas em toda a Unidade de Conservação.










A Cachoeira do Tombador é composta por 2 poços, além de uma queda de 12 metros, sendo acessada pela trilha que também dá acesso às cachoeiras tanto do Gavião como da Andorinhas.







Depois de duas horas na cachoeira, nos preparamos para o retorno. O sol neste dia estava muito quente e fizemos algumas paradas durante o percurso. A água estava perfeita e como tínhamos até às 17 h para sairmos do parque, pudemos aproveitar com calma as atrações.


É importante dizer que todo o percurso é recoberto de vegetação de cerrado, com flores típicas e até árvores frutíferas ( mangueiras), cercado de serras, bambuzais, sendo classificada de fácil a moderada.











É importante dizer que por este percurso, seguindo sempre a frente teremos a Cachoeira do Gavião e Tombador. Se seguirmos a seta pra direita, chegaremos na cachoeira das Andorinhas. Esta, deixamos para uma próxima oportunidade.



Chegamos à portaria do Retiro às 16 h.



Com mais uma trilha concluída, agradeço às companheiras de trilha, Andréia Raymundo, Andréa Mota e Fernanda. 


Só à título de informação: 


A entrada no Parque é totalmente grátis e a sua cerca é de vegetação nativa e com formações rochosas de tirar o fôlego.

Esse é um local que te conecta com a natureza, sendo uma opção de passeio diferente das comuns.


Na certeza que com a flexibilização devido À PANDEMIA DE CORONAVÍRUS, aos poucos retornamos ao nosso “novo normal” onde a natureza é nossa maior aliada.


ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA!!!


O vídeo da trilha se encontra no blog, podendo ter uma melhor idéia do percurso e da cachoeira.



Cachoeira do Tombador- Serra do cipó/MG